Barry Silbert retorna ao mercado cripto com a Yuma Asset Management focada em IA

Barry Silbert está de volta com a Yuma Asset Management, um fundo criado para investir em redes de IA como a Bittensor. Após anos de contratempos regulatórios e de mercado, o fundador da DCG está financiando o fundo com US$ 10 milhões em uma nova tentativa de recuperar seu espaço na próxima fase da infraestrutura cripto.

Em 9 de outubro, a Bloomberg noticiou que Barry Silbert, fundador da Digital Currency Group, lançou a Yuma Asset Management, uma nova empresa projetada para direcionar capital para infraestrutura de inteligência artificial construída na rede Bittensor.

O fundo, inicialmente financiado com US$ 10 milhões da DCG, terá como alvo equipes em estágio inicial que desenvolvem sistemas e ferramentas de IA descentralizada, recompensando sua produção por meio de tokens como TAO. Silbert, que também lidera a Grayscale Investments, disse que não sentia esse nível de empolgação desde os primeiros dias do Bitcoin, descrevendo a Yuma como um veículo para investidores institucionais obterem exposição estruturada à interseção entre cripto e IA.

“Não fico tão empolgado com algo desde o Bitcoin quanto estou com a Bittensor”, disse Silbert em entrevista. “Coloquei minha camisa de empreendedor de volta e sou o CEO da Yuma”, afirmou Silbert segundo a reportagem.

Convicção de Silbert na Bittensor e a promessa dos tokens de IA

A convicção de Silbert decorre da crença de que a Bittensor oferece uma alternativa tangível e funcional ao campo saturado do que ele chama de falsos pretendentes de IA. Ele apontou especificamente o BitMind, uma ferramenta construída na rede que identifica imagens deepfake, como evidência da capacidade do ecossistema de produzir aplicações práticas. Esse foco na utilidade é uma resposta direta aos inúmeros projetos cripto que, segundo ele, apenas surfam a onda do hype da IA sem tecnologia substancial.

De acordo com a reportagem, a estratégia de captação de recursos da Yuma é voltada para investidores de alto risco e alta recompensa. Silbert está mirando apoiadores semelhantes a fundos de venture capital, incluindo indivíduos ricos e instituições, que podem tolerar uma perda total enquanto apostam em um ganho monumental.

Embora Silbert tenha se recusado a especificar uma meta ou cronograma preciso, ele contextualizou a ambição observando que a captação total de capital para os dois fundos não excederia a própria avaliação de mercado da Bittensor, que atualmente está em aproximadamente US$ 3 bilhões.

Para tornar esse ecossistema nascente atraente para o capital institucional, os fundos da Yuma estão sendo estruturados em torno de conceitos de mercado familiares. A Bloomberg informou que um fundo está sendo comercializado como análogo ao Nasdaq, enquanto o outro é comparado ao Dow Jones Industrial Average.

O lançamento da Yuma no ano passado ocorreu apenas algumas semanas após a eleição presidencial, um momento que coincide com uma mudança notável no clima cripto-político. Esse movimento segue um período difícil para a DCG, que enfrentou uma investigação federal, demissões e alegações de fraude após o colapso da FTX. O colapso da exchange fez com que os preços dos ativos despencassem e a fiscalização regulatória se intensificasse.