Notas Principais
- O BPCE permitirá que 2 milhões de clientes comprem BTC, ETH, SOL e USDC diretamente por meio de seus aplicativos a partir de 8 de dezembro.
- Quatro bancos regionais iniciam o lançamento, com expansão total para os 29 bancos planejada para 2026.
- O lançamento está alinhado com o avanço do MiCA na França, enquanto o país avalia um novo imposto sobre “riqueza improdutiva” para ativos cripto.
O BPCE, gigante bancário francês com €1 trilhão em ativos e o segundo maior grupo financeiro do país, permitirá que clientes comprem Bitcoin, Ethereum, Solana e USDC diretamente em seus aplicativos bancários móveis a partir de segunda-feira, 8 de dezembro. A iniciativa representa um dos passos mais significativos da Europa na integração de transações de criptomoedas à infraestrutura e instituições bancárias.
🔴 EXCLUSIVO: O BPCE agora permite que clientes comprem ativos cripto.
A partir desta segunda-feira, os clientes do banco francês poderão adquirir BTC, ETH, SOL e USDC: @GroupeBPCE, um dos principais bancos da Europa, está lançando este serviço em uma primeira fase…
— Raphaël Bloch 🐳 (@Raph_Bloch) 6 de dezembro de 2025
De acordo com um relatório exclusivo de Raphaël Bloch, cofundador francês da empresa de análise on-chain TheBigWhale, o lançamento começa na segunda-feira, 8 de dezembro, com quatro dos 29 bancos regionais do grupo, visando aproximadamente dois milhões de clientes na fase inicial.
Banque Populaire Île-de-France e Caisse d’Épargne Provence-Alpes-Côte d’Azur estão entre os primeiros a integrar usuários. No entanto, o BPCE planeja uma expansão total para os demais bancos regionais em 2026, dependendo dos indicadores de desempenho do grupo inicial de lançamento.
As compras e vendas de cripto ocorrerão dentro dos aplicativos existentes do BPCE por meio de uma nova conta de ativos digitais, com custo de €2,99 por mês. As taxas de negociação são fixadas em 1,5%. A Hexarq, subsidiária cripto do banco, operará o serviço após receber autorização PSAN há quase um ano, permitindo que ofereça serviços regulados de ativos digitais sob o rigoroso quadro de conformidade da França.
Implementação do MiCA
O momento coincide com a implementação acelerada do MiCA em toda a União Europeia. A França se destacou como uma das jurisdições mais proativas da região, atraindo o interesse de grandes players globais. A Gemini, exchange baseada nos EUA, foi uma das primeiras a obter as aprovações necessárias, expandindo seus serviços para a França em novembro de 2024.
A guinada regulatória da França também coincidiu com um crescente debate político sobre a taxação da riqueza digital. A Assembleia Nacional aprovou uma proposta de imposto sobre “riqueza improdutiva” para ativos cripto no final de outubro de 2025. A proposta, apresentada pelo deputado Jean-Paul Mattei, foi aprovada por uma margem estreita, 163–150, e agora está sob análise do Senado francês como parte das deliberações sobre o orçamento nacional de 2026.
Se aprovada, a taxa entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026. O Senado já havia aprovado o orçamento de 2025 em fevereiro de 2025, mas a emenda do imposto cripto surgiu apenas nas discussões orçamentárias posteriores. Seu destino final agora depende da análise do Senado nos próximos meses.
