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Na Coreia do Sul, o partido governista Democrático fez um apelo final ao governo em relação ao processo de regulamentação do mercado local de stablecoins. O partido estabeleceu o prazo de 10 de dezembro para que a Financial Services Commission (FSC) apresente um projeto de lei. Caso o prazo não seja cumprido, a regulamentação será encaminhada diretamente ao parlamento por meio de uma iniciativa legislativa dos membros do partido. O objetivo é apresentar a proposta durante a atual sessão legislativa e realizar uma votação até janeiro de 2026.
Modelo de Consórcio Bancário em Discussão
O Secretário do Partido, Kang Jun-hyeon, reforçou à FSC que não permitirão novos atrasos nesse processo. Caso ocorram atrasos, ele afirmou que a lei avançará por meio de uma proposta legislativa no nível do comitê. Em uma reunião fechada realizada na segunda-feira, representantes do partido se reuniram com funcionários da FSC para discutir um novo modelo de emissão de stablecoins. Durante a discussão, foi considerado um modelo potencial que envolve o estabelecimento de um consórcio entre o Banco Central, a FSC e o setor bancário para emitir stablecoins.
Kang destacou em uma declaração que o projeto propõe que pelo menos 50% da participação do consórcio permaneça com os bancos. No entanto, em uma declaração separada da FSC, foi observado que nenhum consenso definitivo foi alcançado durante a reunião. A comissão anunciou que os trabalhos continuam em andamento para definir os requisitos técnicos e os limites jurisdicionais.
Objetivo de Soberania Monetária Nacional
A regulamentação das stablecoins foi um item de destaque na campanha eleitoral do presidente sul-coreano Lee Jae Myung. Lee havia direcionado estrategicamente o desenvolvimento de um mercado de criptomoedas baseado no won para fortalecer a soberania monetária do país e equilibrar o domínio de mercado das stablecoins baseadas nos EUA, atreladas 1:1 ao dólar.
No entanto, até o momento, não houve avanços significativos na preparação de propostas legislativas. A discussão sobre o modelo de emissão centrado nos bancos reflete a postura persistente do Banco Central de que a autoridade para emissão de stablecoins deve ser limitada a bancos regulamentados. Esse novo modelo visa proteger a segurança financeira, ao mesmo tempo em que abre um espaço limitado, porém controlado, para a inovação do setor privado em criptomoedas.
