BlackRock prepara um novo ETF de Ethereum com staking integrado

No mundo das finanças globais, a BlackRock atua como um gigante porque... ela realmente é. Quando entra no setor de criptoativos, nunca é de forma discreta. Sua mais recente investida: um novo ETF de Ethereum com staking integrado. Este é um sinal forte. O gigante não segue tendências, ele as impõe. E, desta vez, pretende tornar o staking um padrão para ETFs.

Staking de Ethereum: rendimento integrado atrai gigantes

Um ETF de Ethereum com renda passiva agora é mais do que um conceito. A BlackRock, que detém mais de 2 milhões de ETH, acaba de registrar seu “iShares Staked Ethereum Trust” em Delaware, o primeiro passo regulatório antes do pedido oficial junto à SEC. Com este produto, o gestor busca enriquecer a exposição clássica ao Ethereum com um rendimento anual médio de 3,95%.

Essa escolha estratégica não é um teste. Já em julho, a Nasdaq havia protocolado um pedido para permitir staking no ETHA, o ETF de Ethereum já existente da BlackRock. O novo ETF, registrado desta vez sob o Securities Act de 1933, busca mais clareza e garantias para os investidores.

Como afirmou Eric Balchunas no X:

A BlackRock planeja protocolar um ETF de Ethereum com staking, após o registro do nome em Delaware. Lei de 1933. O pedido será feito em breve.

Esse contexto regulatório em mudança favorece os produtos de rendimento. A Grayscale já abriu caminho com seus próprios ETFs de Ethereum integrando staking, aprovados pela SEC em outubro.

A selva cripto vista pela BlackRock: rigor e seleção

Fidelity, Grayscale e REX-Osprey estão avançando com suas estratégias. A REX-Osprey lançou em setembro o primeiro ETF de ETH que combina spot e staking. A Grayscale integrou oficialmente o staking em outubro. Essas iniciativas mostram que o mundo cripto está se tornando um campo de testes para gigantes.

Mas a BlackRock não dispersa seus esforços. Nada de pressa nos altcoins por enquanto. Seu lema: manter o foco em Ethereum e Bitcoin. Em setembro, lançou um Bitcoin Premium Income ETF, gerando rendimento via opções cobertas.

Esse reposicionamento estratégico não surpreende os observadores do setor. De fato, segundo o The Block, quase quatro meses após a SEC reconhecer o pedido da BlackRock para permitir staking em seu ETF de Ethereum já existente, o gigante dos investimentos, com US$ 10 trilhões sob gestão, registrou oficialmente um novo fundo de Ethereum com staking.

Na contramão da proliferação de produtos multi-token, a estratégia da BlackRock se encaixa em um quadro rígido, desenhado para atrair investidores institucionais cautelosos.

Ethereum, a espinha dorsal ideal das finanças institucionais tokenizadas

Na corrida pela adoção cripto por instituições, o Ethereum se destaca como a infraestrutura preferida. O ex-executivo da BlackRock e agora co-CEO da Sharplink, Joseph Chalom, resume assim:

O Ethereum abriga a maioria das stablecoins, ativos tokenizados e contratos inteligentes de qualidade. Se você quer digitalizar as finanças, precisa de uma blockchain digna de confiança para instituições — e essa é o Ethereum. 

Na Sharplink, ele supervisiona mais de US$ 3 bilhões em ETH em staking, explorando até mesmo o restaking para maximizar os rendimentos sem comprometer a conformidade.

Esse posicionamento anuncia uma nova era. Os ETFs de cripto não serão mais apenas passivos de mercado. Eles podem se tornar instrumentos produtivos, ligados aos rendimentos da blockchain.

Alguns fatos e números essenciais

• O rendimento médio do staking de Ethereum é de 3,95% ao ano;
• O preço do Ethereum no momento da redação: 3.032 dólares;
• O ETF ETHA da BlackRock detém US$ 13,1 bilhões em ativos;
• A Grayscale já integrou o staking com aprovação da SEC desde outubro;
• A REX-Osprey ainda administra apenas US$ 2,4 milhões com seu ETF de ETH + staking.

À medida que as instituições financeiras se preparam para a próxima onda cripto, a BlackRock demonstra sua capacidade de antecipar movimentos e moldar padrões. Depois de impor seu IBIT ao Bitcoin — com mais de 800.000 BTC sob gestão — o gigante agora posiciona suas peças no Ethereum. E quando a BlackRock se move, o ecossistema se alinha.