Entrevista com Kevin, principal colaborador da GOAT Network: do BitVM2 na mainnet aos rendimentos institucionais em BTC, revelando o próximo ciclo explosivo do Layer2 do Bitcoin

Convidado: Kevin, colaborador principal da GOAT Network
Entrevista: momo, ChainCatcher

 

“Você acha que o Bitcoin realmente pode ter seu próprio ‘momento OP’ como o Ethereum?”
Kevin sorriu: “Estamos pavimentando o caminho para esse momento.”

À medida que empresas listadas e instituições passam a incluir Bitcoin em seus balanços, a “liquidez adormecida” do Bitcoin está esperando para ser ativada.

Como o primeiro ZK Rollup nativo do ecossistema Bitcoin a realizar provas em tempo real, a GOAT Network divulgou recentemente seu roteiro completo pós-TGE, com um objetivo central claro: fazer o Bitcoin realmente se tornar líquido.

O roteiro delineia sistematicamente o planejamento estratégico do quarto trimestre de 2025 até 2026, focando em três direções principais: produto, ecossistema e demandas institucionais. No quarto trimestre deste ano, a GOAT irá aprimorar sua matriz de produtos e acelerar a construção do ecossistema: além do produto de rendimento sem risco já lançado, o Safebox, também serão lançadas a ponte cross-chain nativa DOGE, a atualização da mainnet do BitVM2, entre outros marcos importantes. No âmbito do ecossistema, o projeto estabelecerá um novo fundo de desenvolvimento para expandir aplicações BTCFi, com foco na incubação de contratos perpétuos e mercados de previsão, além de promover a participação da comunidade por meio de diversas atividades.

Olhando para 2026, o objetivo da GOAT Network é “ativar a liquidez adormecida do BTC” — construindo uma estrutura de rendimento segura e transparente para oferecer aos investidores institucionais soluções sustentáveis de valorização de ativos em Bitcoin.

Com o avanço dessa série de estratégias, a ChainCatcher convidou Kevin, colaborador principal da GOAT Network, para uma conversa aprofundada. Kevin também é cofundador da Metis, uma importante infraestrutura do ecossistema Ethereum, com vasta experiência prática em ZK e escalabilidade.

Nesta entrevista, ele explicará sistematicamente como a GOAT está construindo um ecossistema sustentável de Layer2 para Bitcoin por meio de uma abordagem tripla — produto, ecossistema e instituições — e compartilhará sua visão sobre os marcos críticos e tendências futuras do setor.

Impulsionando o ZK Rollup do estágio experimental ao nível de produção

1. ChainCatcher: Recentemente, a GOAT Network concluiu o TGE. Olhando para o desenvolvimento do projeto desde o início até o TGE, o progresso atendeu às suas expectativas? Quais marcos importantes vocês alcançaram?

Kevin:Olhando para os mais de dois anos desde o início da GOAT Network até o TGE, nosso progresso geral foi um pouco mais rápido do que o esperado. Especialmente considerando que avançamos simultaneamente nas linhas de tecnologia de base e modelo econômico, conseguimos manter um ritmo estável e uma entrega contínua.

Nos últimos dois anos e meio, alcançamos vários marcos importantes:

Com nosso zkMIPS desenvolvido internamente (posteriormente renomeado para Ziren) como núcleo, criamos o zkVM de nível de produção mais rápido do setor atualmente; no modelo de desafio, exploramos e avançamos com sucesso no desenvolvimento do BitVM2, mantendo liderança nesse campo e estabelecendo uma base viável para a interação cross-layer nativa do BTC;

Ao mesmo tempo,fomos pioneiros na implementação de uma rede descentralizada de Sequencer no ecossistema Bitcoin, e atualmente ainda somos os únicos, tornando o Layer2 independente de operações centralizadas e herdando estruturalmente a segurança descentralizada do Bitcoin.

Além disso, lançamos um sistema de incentivos denominado em BTC nativo, distribuindo mais de 2 BTC e parte em USDT para a comunidade, sendo todas as recompensas ativos reais, não pontos virtuais. Esses resultados provam que não apenas inovamos tecnologicamente, mas também construímos um sistema sustentável a longo prazo nos âmbitos econômico e comunitário.

 

2. ChainCatcher: A GOAT sempre enfatizou ser o primeiro ZK Rollup nativo a realizar provas em tempo real (Real-Time Proving). Por que vocês podem afirmar isso? Como conseguiram? O que isso significa?

Kevin:Chamamos a GOAT de o primeiro ZK Rollup nativo a realizar provas em tempo real porque conseguimos que as provas de saque dos usuários fossem feitas em tempo real, controlando rigorosamente (no pior cenário) o tempo de geração da prova de saque em até 30 segundos. Essa “prova em tempo real” é um verdadeiro avanço na tecnologia ZK.

A chave está na arquitetura de alto desempenho do Ziren — ele roda eficientemente em CPUs, suporta aceleração por GPU, permite provas paralelas e agendamento em pipeline, além de ser escalável para redes de provas distribuídas. Combinando com o mecanismo de arbitragem de desafios do BitVM2, garantimos que todos os resultados das provas sejam verificáveis na camada principal do Bitcoin.

Para os usuários, isso significa menor latência e maior rapidez na finalização, aumentando a eficiência dos ativos; para desenvolvedores e projetos do ecossistema, representa a transição do ZK Rollup do estágio experimental para aplicações de nível de produção.

Meta central do Q4: Fazer o Bitcoin realmente “circular”

3. ChainCatcher: O roteiro do Q4 está repleto de upgrades técnicos e lançamentos de produtos, como BitVM-GC testnet, BitVM2 Beta-Mainnet, open source do Ziren GPU Prover, ponte cross-chain DOGE, etc. Pode nos explicar os principais objetivos por trás dessas atualizações? Qual é a de maior prioridade?

Kevin:O roteiro do Q4 é, sem dúvida, o mais intenso até agora, com o objetivo central de fazer o Bitcoin realmente “circular”.Todas as atualizações e lançamentos de produtos giram em torno de três direções:

Primeiro, tornar as transações cross-layer do BTC nativo mais rápidas e seguras; segundo, reduzir o custo e a latência das provas ZK a níveis que suportem aplicações em larga escala; terceiro, aprimorar a estrutura descentralizada do Sequencer, garantindo auditabilidade, verificabilidade e participação. Entre essas tarefas, a de maior prioridade é, sem dúvida, o lançamento do BitVM2 Beta-Mainnet. Ele determina a segurança final das interações cross-layer do BTC e é crucial para que o ecossistema realize a livre circulação de ativos nativos.

 

4. ChainCatcher: Especificamente, o que significam os upgrades técnicos importantes como o whitepaper e testnet do BitVM-GC, e o open source do Ziren GPU Prover?

Kevin:O lançamento do whitepaper e testnet do BitVM-GC marca a sistematização e implementação de mecanismos complexos de “desafio e arbitragem” com o apoio de pesquisas tecnológicas de ponta.

A abertura do whitepaper permite que a comunidade e outras equipes de desenvolvimento realizem auditorias de segurança padronizadas e reproduzam funcionalidades, reduzindo assim a barreira de entrada para o Layer2 do Bitcoin.

Já o open source do Ziren GPU Prover eleva a eficiência e o controle de custos da geração de provas ZK a um novo patamar. O open source não é apenas compartilhamento tecnológico, mas também um sinal — queremos, por meio da colaboração aberta, envolver mais desenvolvedores na otimização de desempenho e juntos aprimorar a infraestrutura de provas de conhecimento zero do Bitcoin.

 

5. ChainCatcher: O Safebox, como produto de rendimento “zero risco” em Bitcoin nativo já lançado, pode detalhar suas fontes de rendimento? Por que ele pode ser considerado “zero risco”?

Kevin:O SafeBox é atualmente o primeiro produto do mercado a oferecer rendimento em BTC nativo e ser “zero risco”.

Ele é “zero risco” porque: 1) utiliza scripts de time-lock da mainnet do Bitcoin, permitindo que o usuário controle seus próprios ativos; 2) não participa de re-staking externo ou estratégias de alto risco, gerando rendimento a partir do ciclo econômico interno da própria rede GOAT.

Especificamente, o rendimento vem de três fontes: distribuição das taxas de Gas das transações da rede, compartilhamento de receitas de MEV (valor máximo extraível) e retorno ecológico vinculado aos incentivos dos mineradores. Todas essas receitas são distribuídas de forma verificável on-chain, sem depender da inflação de tokens no mercado secundário, o que minimiza a exposição ao risco.

 

6. ChainCatcher: O roteiro menciona upgrades nos incentivos aos usuários, e você enfatizou em carta aberta que a GOAT oferece incentivos reais, já tendo distribuído 2 BTC. Pode compartilhar quais métodos únicos vocês usam para garantir incentivos reais?

Kevin:Sempre enfatizamos “incentivos reais”, ou seja, os ativos distribuídos a usuários e colaboradores são reais, não pontos virtuais ou tokens sem liquidez.

Até agora, já distribuímos mais de 2 BTC e várias quantias em USDT para colaboradores da comunidade, recompensando atividades, voluntários, moderadores e embaixadores.

Ao mesmo tempo, estabelecemos um mecanismo de liquidação que vincula contribuição e recompensa, garantindo que os incentivos estejam proporcionais à contribuição real para o ecossistema. Esse modelo fortalece a confiança da comunidade e cria um ciclo de incentivos sustentável.

Lançamento de fundo de desenvolvimento ecológico, foco em aplicações BTCFi

7. ChainCatcher: A GOAT já estabeleceu um fundo piloto de 34 BTC para o ecossistema, e no Q4 lançará um novo fundo de desenvolvimento. Qual a diferença de foco entre esses fundos? O segundo visa incentivar a expansão de cenários BTCFi. Quais características vocês priorizam ao selecionar e apoiar projetos?

Kevin:O fundo piloto de 34 BTC tem a missão de “acender o fogo”, apoiando o início e projetos iniciais do ecossistema, com foco em educação de usuários e introdução de liquidez.

Jáo fundo de desenvolvimento ecológico a ser lançado no Q4 foca na expansão de aplicações BTCFi, especialmente projetos capazes de gerar fluxo de caixa contínuo e demanda real de negociação, como contratos perpétuos, mercados de previsão e protocolos de ativos estáveis.

Ao selecionar projetos, priorizamos três dimensões: segurança e rastreabilidade de auditoria, eficiência do incentivo por unidade (relação entre incentivo investido e TVL ou volume de negociação) e o compromisso de longo prazo e transparência da equipe.

 

8. ChainCatcher: Quais cenários de aplicação já foram implementados no ecossistema GOAT? Quais direções de BTCFi vocês mais acreditam?

Kevin:Atualmente, nosso ecossistema já implementou aplicações nos três principais cenários: “Earn, Trade, Play”.

Na área de Earn, temos SafeBox, Artemis Staking, StableJack, Summer, produtos de rendimento para diferentes perfis de risco, além de estratégias de looping para arbitragem por usuários avançados;

Na área de Trade, os DEXs básicos incluem OKU, GOATSwap, e recentemente lançamos o Perps GOATUP;

Na área de Play, produtos como o evento One Piece, o sistema de sorteios Lucky Draw e o GOATRocket oferecem várias oportunidades de play and earn aos usuários. Para o futuro, acreditamos principalmente em BTCFi, especialmente negociação de derivativos, mercados de previsão, liquidação e protocolos de ativos estáveis. Essas áreas não só têm modelos de negócios claros, mas também trazem maior atividade de negociação e segurança à rede.

 

9. ChainCatcher: O roteiro destaca a incubação prioritária de contratos perpétuos e mercados de previsão. Por que essas duas áreas? Quais vantagens ou oportunidades únicas elas têm no Layer2 do Bitcoin em comparação ao Ethereum ou outras redes?

Kevin:Escolhemos contratos perpétuos e mercados de previsão como prioridade porque são os cenários que mais evidenciam as vantagens técnicas do Layer2. Contratos perpétuos exigem altíssima velocidade de liquidação e eficiência de capital, enquanto mercados de previsão demandam extrema rapidez e segurança. No Ethereum e outras redes, essas aplicações geralmente são limitadas por altos custos de Gas e confirmações lentas.

Na GOAT, com provas em tempo real e arquitetura de Sequencer de baixa latência, conseguimos liquidação quase instantânea mantendo o nível de segurança nativo do BTC. Além disso, essas duas aplicações são motores centrais para ativar a liquidez do ecossistema BTC, trazendo dinâmica real de negociação ao BTCFi, pois os usuários podem realmente ganhar Bitcoin, algo impossível em outros ecossistemas.

Superando três grandes desafios, o ecossistema Bitcoin terá seu “momento OP”

10. ChainCatcher: Como você vê a tendência de empresas listadas construindo tesourarias em Bitcoin? Isso impacta o desenvolvimento do BTCFi? Quais novas demandas podem surgir?

Kevin:Mais e mais empresas listadas e instituições estão incluindo Bitcoin em seus balanços, uma tendência irreversível. Isso não só reforça o papel do Bitcoin como ativo de reserva, mas tambémsignifica que esses detentores terão novas demandas — como gerar rendimento com BTC sem aumentar o risco.

A GOAT nasceu para isso: por meio de Sequencer descentralizado, modelo de rendimento transparente e sistema econômico denominado em BTC nativo, oferecemos às instituições uma camada base BTCFi auditável, rastreável e compatível com compliance. Isso os ajuda a valorizar ativos dentro de limites seguros.

 

11. ChainCatcher: A GOAT quer ativar o “BTC adormecido” detido por ETFs e fundos soberanos, mas grandes instituições são cautelosas. Pode compartilhar algumas demandas específicas dessas instituições para o BTCFi? Como a GOAT está superando as barreiras de confiança? Quais parcerias importantes já foram firmadas?

Kevin:As preocupações das instituições se concentram em segurança técnica, sustentabilidade do rendimento e compliance. Para isso, atuamos em três frentes: tecnicamente, open source dos componentes principais e auditoria de segurança por terceiros; economicamente, fluxo de caixa interno baseado em Gas, MEV e incentivos a mineradores, em vez de incentivos inflacionários; em compliance, integração com custodians e instituições de gestão de risco, oferecendo interfaces de dados auditáveis e relatórios. Atualmente, já estamos validando soluções e integrando interfaces com várias instituições de custódia e negociação, e divulgaremos os resultados dessas parcerias em breve.

 

12. ChainCatcher: Se considerarmos desde 2012, quando Vitalik propôs o conceito de colored coins, a comunidade cripto já experimenta “alavancar” a liquidez do Bitcoin há mais de uma década. Quais avanços reais você vê no ecossistema Bitcoin? Qual foi a maior mudança nos últimos dois anos?

Kevin:Desde 2012, quando Vitalik propôs o conceito de colored coins, o ecossistema Bitcoin passou por mais de dez anos de exploração. O verdadeiro avanço está na “interação cross-layer verificável” e na “infraestrutura de conhecimento zero em nível de produção” se tornando realidade.

Nos últimos dois anos, a maior mudança foi o Layer2 do Bitcoin finalmente sair do estágio experimental para a engenharia: a maturidade do BitVM2 e dos sistemas de provas ZK permitiu ao Layer2 operar com baixo custo e alta segurança; ao mesmo tempo, o aumento da posse institucional de BTC tornou urgente a demanda por “rendimento em BTC”, criando solo fértil para o BTCFi.

 

13. ChainCatcher: O ecossistema Bitcoin está em um período de baixa atenção, muitos BTC Layer2 saíram do radar e alguns migraram para IA. Quais pressões o BTC Layer2 enfrenta nesse estágio? Como a GOAT está superando?

Kevin:Atualmente, todo o ecossistema Bitcoin está em um período de baixa atenção, com alguns projetos migrando para IA ou outras tendências. Mas acreditamos que a verdadeira infraestrutura Layer2 exige investimento de longo prazo, sem se abalar por oscilações de mercado de curto prazo.

A GOAT escolheu o caminho mais difícil, porém mais valioso: continuamos aprimorando a tecnologia de base, desenvolvendo o Ziren zkVM e a mainnet do BitVM2, além de manter incentivos reais e um modelo econômico nativo para garantir o desenvolvimento sustentável do ecossistema. Esse compromisso de longo prazo é nossa principal defesa contra os ciclos de mercado.

Claro, isso não seria possível sem o apoio da comunidade. Ao longo de mais de dois anos de desenvolvimento da GOAT Network, sentimos profundamente o carinho e suporte da comunidade, investidores e parceiros, que são nossa motivação para seguir em frente. Estamos determinados a nos tornar a marca referência do Bitcoin L2.

 

14. ChainCatcher: Em entrevistas anteriores, a GOAT mencionou que o Bitcoin Layer2 precisa de um “momento OP” como o Ethereum. Quando você prevê que esse momento chegará para o Bitcoin Layer2? Quais desafios precisam ser superados até lá?

Kevin:Acredito que o “momento OP” do Bitcoin chegará quando o BTC nativo puder transitar facilmente para o Layer2, a tecnologia de provas em tempo real for amplamente adotada, o Sequencer for verdadeiramente descentralizado e as instituições começarem a incluir BTCFi em suas alocações de ativos.

Para alcançar esse momento, ainda precisamos superar alguns desafios-chave:primeiro, aprimorar o mecanismo de desafio e arbitragem do BitVM2; segundo, reduzir ainda mais o custo e a latência das provas ZK; terceiro, alcançar a verdadeira descentralização e equilíbrio de incentivos na rede de Sequencer; por fim, promover a implementação total de compliance, custódia e ecossistema de aplicações. Quando esses pontos forem superados, o ecossistema Layer2 do Bitcoin passará por uma transformação qualitativa, e a GOAT se tornará uma das infraestruturas centrais desse novo ciclo.