BlackRock aprofunda aposta no mercado cripto com novo fundo de reservas de stablecoin

A BlackRock vai lançar um fundo de mercado monetário compatível com o GENIUS Act para custódia de reservas de stablecoin, oferecendo soluções com padrão regulatório para os principais emissores de criptoativos. O lançamento marca uma mudança institucional em direção a uma infraestrutura cripto focada em conformidade.

A iniciativa surge enquanto uma nova lei dos EUA transforma as regulamentações de stablecoins. Grandes players do setor podem se beneficiar de uma custódia aprimorada e transparente, à medida que a conformidade ganha importância para a regulação de ativos digitais.

Regulação impulsiona mudanças no mercado cripto

De acordo com uma reportagem da CNBC, a BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo, está lançando um fundo de mercado monetário compatível com o GENIUS Act para gerenciar reservas de stablecoin. O lançamento está previsto para quinta-feira.

“A BlackRock está construindo a espinha dorsal para stablecoins reguladas. Isso não é experimentação; é infraestrutura. As finanças tradicionais estão se fundindo com o cripto, peça por peça”, disse um influenciador de cripto no X.

Esse esforço irá simplificar a forma como empresas de stablecoin, incluindo Circle e Tether, gerenciam as reservas que lastreiam seus tokens atrelados ao dólar.

O GENIUS Act, sancionado como lei nos EUA em julho de 2025, exige o lastro 1:1 das stablecoins com dinheiro ou títulos do Tesouro de curto prazo e determina auditorias mensais por terceiros. Esses padrões aumentam a transparência operacional, elevando a demanda por soluções com padrão institucional entre os principais emissores de stablecoin.

Com o mercado de stablecoins agora avaliado em mais de US$ 313 bilhões e emissores detendo mais de US$ 120 bilhões em Treasuries, a escala é significativa.

O novo fundo da BlackRock oferecerá recursos de tokenização, apoiando liquidações em tempo real e maior liquidez. A abordagem segue o trabalho anterior da BlackRock com ativos digitais, como a gestão das reservas de USDC e o desenvolvimento de fundos tokenizados nas redes Ethereum.

O lançamento do fundo deve atrair maior interesse tanto de empresas nativas do universo cripto quanto de instituições financeiras tradicionais. Isso amplia o acesso às stablecoins, reduz a dependência de intermediários e garante uma custódia eficiente para os líderes do setor. A ação da BlackRock esclarece as melhores práticas à medida que a fronteira entre finanças tradicionais e cripto continua a se tornar cada vez mais tênue.