114.000 BTC foram retirados das exchanges em 2 semanas: o que está acontecendo?

O Bitcoin está alcançando as estrelas a US$ 125.000... e deixa uma pergunta no ar: até onde ele vai? Enquanto alguns aguardam os US$ 150.000, um fenômeno discreto, mas massivo, está acontecendo nos bastidores do mercado. As plataformas de cripto estão vendo suas reservas derreterem diante de seus olhos. Mais de 114.000 BTC foram retirados em duas semanas. Isso é apenas um efeito de oportunidade... ou o início de uma verdadeira mudança estratégica?

Plataformas de cripto estão drenando seu bitcoin

Desde o final de setembro, mais de US$ 14 bilhões em BTC deixaram as exchanges centralizadas ou CEX. Um número histórico: as reservas das exchanges caíram para 2,45 milhões de BTC, seu menor nível desde 2017, segundo a CryptoQuant. E isso, enquanto o bitcoin atingiu novos patamares além de US$ 125.000. Esse paradoxo levanta questões.

Longe de ser um simples vazamento, essa hemorragia reflete uma convicção crescente: que o bitcoin merece ser mantido, não vendido. Os BTC não estão desaparecendo; eles estão migrando para carteiras pessoais e soluções de armazenamento a frio. Isso sinaliza confiança no valor de longo prazo, em vez de intenção de venda no curto prazo.

Para os participantes do mercado, essa raridade visível pode desencadear um “aperto” de oferta diante da demanda crescente.

Em resumo, isso não é desinteresse. É um forte sinal de acumulação estratégica, especialmente por parte dos holders de longo prazo.

Bitcoin: entre escassez de oferta e corrida para ETFs

A queda na oferta disponível nas exchanges de cripto é acompanhada por outra tendência: a transferência massiva para ETFs spot de bitcoin. Esses produtos financeiros, agora listados em Wall Street, registraram mais de US$ 5 bilhões em entradas desde setembro. Somente em 6 de outubro, US$ 1,2 bilhão entrou nesses fundos.

Por que isso importa? Porque esses ETFs não redistribuem os BTC de volta ao mercado. Eles os imobilizam. Resultado: menos bitcoins circulando, aumentando a tensão entre oferta e demanda.

De acordo com o analista OnChainSchool:

Notavelmente, essa tendência está se desenvolvendo mesmo quando o bitcoin acaba de atingir uma nova máxima histórica, indicando que os investidores estão retirando suas moedas das plataformas apesar dos preços elevados. Tal comportamento geralmente reflete confiança no valor de longo prazo e redução da pressão de venda de curto prazo, reforçando a ideia de que grandes holders continuam acumulando em vez de distribuir. 

Fonte: CryptoQuant

A escassez de oferta, portanto, não vem de um bug, mas de um grande reposicionamento dos investidores.

Números insanos e sinais fortes: o que dizem os indicadores?

Tudo indica que o ecossistema cripto está entrando em uma nova era de escassez organizada, onde a oferta se torna uma alavanca estratégica.

Foco em 5 dados-chave:

• 114.000 BTC retirados das exchanges em 14 dias: mais de US$ 14 bilhões;
• Reservas das exchanges em 2,45 M BTC, menor nível em 7 anos;
• Entradas de US$ 1,2 bilhão em ETFs em um único dia (6 de outubro);
• Os 12 ETFs spot de bitcoin dos EUA detêm coletivamente 1,3 milhão de BTC;
• As retiradas superam 7.500 BTC por dia, uma média nunca vista desde 2022.

Em resposta a esse movimento, as vozes do mercado estão esquentando. Shaun Edmondson, analista de cripto, alerta no X: “Esses números de compras de ETFs spot de Bitcoin dos EUA são completamente insanos, tanto os de ontem quanto os dos últimos cinco dias úteis. Esses valores realmente fazem a cabeça girar. Pegue alguns / pegue os seus enquanto ainda há disponível”.

Uma febre? Talvez. Mas os números não mentem: a pressão está aumentando.

Mesmo que as exchanges de cripto estejam secas, ainda há bitcoins para comprar. Para os recém-chegados, como e onde comprar bitcoin? Já existem várias soluções: plataformas seguras, compras diretas, aplicativos móveis. A brecha está aberta. Mas, neste contexto de escassez programada, é melhor agir antes que o mercado feche em um novo patamar.