Tether anuncia USAT, uma nova stablecoin para conformidade regulatória dos EUA

A Tether anunciou o USAT, uma nova stablecoin lastreada em dólar, adaptada para as regulamentações dos EUA. Bo Hines, ex-conselheiro de criptoativos da Casa Branca, será o novo CEO da subsidiária.

Ao isolar o USAT de outros ativos, a Tether pode permitir auditorias limitadas que não impedem sua capacidade de emitir novos tokens USDT. A empresa detém cerca de 100 bilhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA, podendo assim se comprometer significativamente com o USAT.

Tether Lança USAT

A Tether, emissora da maior stablecoin do mundo, tem obtido enormes lucros recentemente, mas enfrenta um possível dilema. Uma nova regulamentação para stablecoins pode excluir o USDT do mercado dos EUA, a menos que a empresa concorde com uma auditoria de reservas. No entanto, a Tether pode ter encontrado uma nova solução com seu plano USAT:

Tether apresenta o USA₮, sua stablecoin lastreada em dólar planejada e regulamentada nos EUA, e nomeará Bo Hines como CEO da Tether USA₮Follow

— Tether (@Tether_to) 12 de setembro de 2025

Especificamente, o comunicado de imprensa da Tether afirma que o USAT será “estabelecido como uma stablecoin regulamentada nos EUA”. Assim como o USDT, ele será atrelado ao dólar, mas esse ativo será direcionado ao mercado americano.

Bo Hines, ex-conselheiro de criptoativos da Casa Branca, será o CEO da Tether USAT após ingressar na empresa no mês passado. Isso deve ajudar a suavizar quaisquer dificuldades regulatórias.

Sua posição como CEO também implica que esta será uma subsidiária corporativa legalmente distinta, o que pode trazer várias vantagens importantes.

Conformidade Regulatória Simplificada

A contradição central que impulsiona esse lançamento é bastante simples. O GENIUS Act exige que todas as stablecoins regulamentadas nos EUA mantenham reservas em títulos do Tesouro e realizem auditorias regulares.

Embora a Tether possua um enorme volume de títulos do Tesouro, ela tem adiado persistentemente uma auditoria, apesar de exibir publicamente certas participações.

Se a Tether considerar seus 100 bilhões de dólares em títulos do Tesouro como reservas do USAT, isso resolveria dois problemas de uma só vez. Suas participações em títulos do Tesouro são bem documentadas, e a empresa não teria muito a temer com uma auditoria.

Enquanto isso, ela poderia continuar emitindo USDT para um público global sem precisar provar que possui as reservas correspondentes.

O presidente Trump tem como objetivo usar stablecoins para manter a dominância do dólar americano, então sempre foi improvável que ele abandonasse as maiores emissoras do mundo. Com o USAT, a Tether aparentemente resolveu as principais preocupações.

Ainda restam algumas perguntas sem resposta, como a forma que o USAT irá interagir com os fluxos globais de criptoativos. Quão facilmente os traders internacionais poderão trocá-lo por USDT ou interagir com esses ativos? No geral, porém, as pontas soltas parecem ter sido resolvidas.