OpenLedger, apoiada pela Polychain, lança a mainnet OPEN para atribuição de dados de IA e pagamentos a criadores

A OpenLedger lançou a OPEN Mainnet, introduzindo uma rede descentralizada que a equipa desenvolveu para fornecer proveniência de dados e compensação automatizada de colaboradores para sistemas de inteligência artificial — uma abordagem que a empresa defende ser cada vez mais necessária à medida que aumentam os processos judiciais, a pressão regulatória e o ceticismo público em torno da forma como os modelos de IA obtêm os seus dados de treino.

O lançamento desta terça-feira formaliza o que a empresa web3 chama de “Payable AI”, permitindo aos utilizadores carregar conjuntos de dados em “datanets” partilhadas, onde os programadores podem treinar modelos e encaminhar pagamentos automaticamente através de smart contracts. Segundo a OpenLedger, o modelo pretende replicar a economia de plataformas de criadores como o YouTube, ao mesmo tempo que apoia o poder de ganho de investigadores, escritores e especialistas de domínio que fornecem treino para sistemas de IA.

O lançamento surge também numa altura em que a atribuição se tornou uma das questões mais debatidas da IA, segundo a equipa do protocolo. As empresas de IA enfrentam um escrutínio crescente por recolherem dados públicos sem compensação. A confiança pública dos EUA na IA caiu drasticamente nos últimos cinco anos, e vários processos judiciais pendentes contra empresas como OpenAI e Google destacam as lacunas legais e estruturais nas práticas de obtenção de dados.

Prova de atribuição e IA remunerada

No centro da OPEN Mainnet está um sistema de “Proof of Attribution” que regista a linhagem de cada conjunto de dados, modelo e agente na blockchain. Cada resultado de IA pode ser rastreado até aos seus colaboradores de origem, permitindo créditos verificáveis e pagamentos automáticos com base no uso real.

Os programadores que integrem a rede podem construir agentes de IA sem gerir infraestrutura ou custódia de dados, afirmou a OpenLedger.

Além disso, as contribuições são geridas pelo token OPEN do protocolo, que distribui recompensas com base nas trilhas de atribuição onchain. A empresa descreve a infraestrutura como um “Data-as-a-Shared-Service”, dando aos produtores de dados ferramentas para se ligarem às cadeias de fornecimento de IA e ganharem passivamente à medida que os modelos consomem o seu trabalho.

Com o apoio da Polychain e Borderless Capital

A OpenLedger já tinha angariado uma ronda seed de 8 milhões de dólares liderada pela Polychain Capital e Borderless Capital, conforme reportado pela The Block no início deste ano. Desde então, a empresa posicionou-se como parte de uma classe crescente de projetos de infraestrutura de IA web3 que procuram unir a verificação criptográfica com fluxos de trabalho de machine learning.

A The Block também apresentou a OpenLedger na série de podcasts The Intersection of Crypto and AI, onde a equipa salientou que a proveniência transparente pode tornar-se um requisito regulatório e comercial crítico à medida que a adoção da IA aumenta.

Entretanto, o token OPEN está a ser negociado desde setembro e estreou-se na Binance. Tal como o segmento mais amplo de altcoins temáticas de IA, enfrentou uma forte pressão descendente e está atualmente a ser negociado mais de 80% abaixo dos níveis de lançamento, de acordo com a CoinGecko.