SharpLink anuncia lucro de $104 milhões impulsionado pela sua estratégia em Ethereum

Depois da BitMine, agora é a vez da SharpLink colocar os holofotes sobre o Ethereum. Estes dois gigantes, com perfis distintos, agora partilham uma obsessão comum: acumular ETH. E os resultados aparecem rapidamente. Num mercado sombrio, enquanto outros apertam os dentes, eles arrecadam milhões. A sua receita? Gestão da tesouraria compatível com criptoativos. Parece que, para os audazes, o ETH já não é apenas uma linha de ativos, mas sim um motor de crescimento.

SharpLink não vende nada, mas ganha tudo: Ethereum como pilar do seu modelo

É um modelo que incomoda ou até confunde. A SharpLink não é uma exchange, nem um marketplace, nem um fornecedor de serviços cripto. No entanto, a empresa anunciou um lucro líquido de 104,3 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2025. Um desempenho impulsionado por… Ethereum.

Sua estratégia? Uma tesouraria de 861.251 ETH colocados a render, entre staking nativo e liquid staking (LsETH). Em outras palavras, a SharpLink transforma o seu cofre digital numa verdadeira vaca leiteira. Para diversificar os fluxos, a empresa alocou 200 milhões de dólares em ETH na Linea, a Layer 2 da Consensys, em parceria com a ether.fi e a EigenCloud. Tudo gerido através do Anchorage Digital Bank.

Para Joseph Chalom, co-CEO da SharpLink:

duplicámos a nossa concentração de ETH por ação de 2,0 para 4,0 desde a criação da tesouraria e continuamos focados na criação de valor a longo prazo para os nossos acionistas.

Nos bastidores: tokenização, recompra de ações e impulso crescente 

Não é apenas o desempenho bruto que intriga, mas também a ousadia das manobras. A SharpLink não se limitou a realizar ganhos com o Ethereum, utilizou a sua tesouraria como uma alavanca estratégica.

Entre agosto e setembro, a empresa recomprou 1,94 milhões de ações por 31,6 milhões de dólares, injetando valor no seu próprio capital. Simultaneamente, uma angariação de fundos de 76,5 milhões de dólares foi concluída a um preço 12% acima do valor da ação. Um forte sinal para o mercado: a confiança reina internamente, e é monetizada.

Outro marco: a tokenização da sua ação SBET no Ethereum, através de uma parceria com a Superstate. Uma estreia para uma empresa cotada em bolsa. A SharpLink não aposta apenas no ETH: integra-o nos seus próprios mecanismos de governação e valorização.

E para melhor orientar esta transformação, a empresa rodeou-se de um trio de especialistas da FalconX, Bain Capital Crypto e JPMorgan. Objetivo: profissionalizar a gestão de um modelo que, até agora, era mais uma aposta ousada do que uma estratégia institucional.

Dados-chave a reter sobre a SharpLink e o Ethereum

• 861.251 ETH detidos pela SharpLink em 9 de novembro de 2025;
• 3 bilhões de dólares em ativos digitais para a empresa;
• 104,3 milhões de dólares de lucro líquido em um trimestre;
• Preço do ETH a 3.193 dólares no momento da redação;
• 76,5 milhões de dólares angariados a um preço acima do mercado.

Quanto mais a SharpLink e a BitMine expõem o seu capital ao Ethereum, mais esta cripto ganha impulso. A sombra de um novo ATH paira, impulsionada pelas ambições destes pesos pesados. Num mercado hesitante, a sua ousadia pode muito bem desencadear uma grande viragem.