UE impõe sanções à stablecoin A7A5 ligada à Rússia

Em uma medida que pode afetar as ambições cripto da Rússia, a União Europeia colocou na lista negra a stablecoin A7A5, atrelada ao Estado.

A União Europeia lançou sua 19ª rodada de sanções contra a Rússia, introduzindo restrições econômicas abrangentes voltadas para setores que alimentam a contínua invasão da Ucrânia por Moscou. Entre as áreas recentemente visadas está a criptomoeda, com a UE alegando no relatório de 23 de outubro que a Rússia está recorrendo a ativos digitais para evadir sanções financeiras. 

Como parte do pacote mais recente, o bloco decidiu banir a stablecoin A7A5, um ativo digital lastreado em rublo desenvolvido com apoio do Estado russo. A UE também colocou na lista negra o desenvolvedor da stablecoin, o emissor quirguiz por trás do token lastreado em rublo, e o operador de uma plataforma onde a A7A5 era ativamente negociada. 

Pela primeira vez, transações envolvendo a stablecoin foram totalmente proibidas em toda a UE. As autoridades também sancionaram uma exchange de cripto baseada no Paraguai que desempenhou um papel significativo ao facilitar as transações cripto da Rússia por meio da A7A5 e outros ativos digitais.

A repressão reflete a crescente preocupação sobre como a Rússia está utilizando ativos cripto para contornar restrições financeiras impostas por aliados ocidentais. De acordo com relatórios recentes, a A7A5 facilitou mais de 15 bilhões de dólares em transações secretas, ajudando Moscou a sustentar seu esforço de guerra enquanto evita o escrutínio do sistema bancário tradicional.

Para intensificar ainda mais essas ações, a UE também proibiu seus próprios operadores de oferecer serviços de cripto e fintech que possam permitir à Rússia desenvolver uma rede financeira alternativa. A medida visa fechar brechas que permitiram que entidades sancionadas operassem discretamente.

Rússia avança para adotar cripto em meio ao aumento das sanções

A proibição mais recente ocorre logo após o Ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, anunciar planos para legalizar criptomoedas no comércio exterior, reconhecendo o potencial das criptos para movimentar capital internacionalmente enquanto contornam o sistema financeiro tradicional. Siluanov enfatizou a necessidade de uma regulamentação mais forte, mas enquadrou a legalização como um passo necessário para a flexibilidade econômica.

As sanções da UE sobre a A7A5 podem prejudicar as ambições cripto mais amplas da Rússia. A stablecoin tornou-se a espinha dorsal das transações cripto transfronteiriças para o Estado russo e atores afiliados. Cortar o acesso à A7A5 e pressionar regulatoriamente exchanges offshore pode limitar a capacidade de Moscou de financiar sua economia por meio de moedas digitais.